18 de fev. de 2018

Cores.

Leia ouvindo: 
(a música é boa mesmo, tá, mores?)




Cinza.

Tudo era cinza e escuro antes. Eles estavam errados quando diziam que o pior é a escuridão. O preto é bonito, é forte, tem presença. O que assusta mesmo é o cinza. Bom, os cinzas.

Cada e todo tom de cinza que existe e eram minha companhia. Eu não conhecia cores.

Esperar. Querer. Não ter.

Você foi o meu primeiro não. Para alguém que sempre teve absolutamente tudo o que quis, que criou as próprias regras e colocou todas as cartas na mesa, nas suas condições, friamente, com o olhar apenas na vitória certa, você esbarrou em mim e derrubou todos os pinos do jogo colocado.

Você me deu cheque-mate antes que eu pudesse perceber que tinha perdido porque nenhuma estratégia era párea para a sua vida.

Sempre foi noite sem luar, e você chegou como o sol forte, amanhecendo o dia, iluminando a noite, me queimando e fazendo com que tudo doesse.

Confundia solidão com liberdade. Eu só preciso de paz.

Você chegou na minha vida como um furação, revolucionando tudo, e agora que finalmente enxergo, não posso parar de fazer isso. Nem quando finjo que voltei para o cinza de sempre.

Cada parte da muralha de vidro construída ao redor do meu coração foi estilhaçada por você.

Eu só preciso de paz.

Você me nocauteou e agora eu preciso ser tudo o que sou: tudo aquilo que sinto.

Tudo aquilo eu sou.

Cor.

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