Não tenho mais aparecido regularmente por aqui. Não sei exatamente
o que está acontecendo na minha vida, só sei que o baque veio
quando um amigo disse que tinha sentido falta de conversa comigo. Foi
quando a ficha caiu e eu percebi que ‘tô deixando a vida passar.
Meus dias têm se resumido a estudo, violão, estudo e descanso. Abro
passagem pras minhas personagens, e de resto, nada passa.
O que será que a Leticia de 13 anos acharia da Leticia de agora. E a
Leticia de quinze? A de quase dezessete está particularmente
decepcionada. E vazia.
O pior de tudo, é perceber que estou em uma das fases melhores que
tive comigo mesma.
Será que estou escondendo tudo isso de todos os que me conhecem?
O que realmente, a gente fez da nossa vida que se perdeu no caminho?
É muito bizarra essa fase de estar um passo a frente da maioria dos
meus amigos, porque eles não entendem e eu tão pouco.
Eu só preciso da presença, dos convites, da leveza. Mas
aparentemente, criei uma barreira gigante para não deixar que se
aproximem.
E me dói escrever isso porque me dói sentir isso e viver e admitir.
Porque me dói perceber que depois de sentir tanto, fiquei com medo
de sentir demais.
De ser sensível, de quebrar com as despedidas, de aproveitar o fim.
Queria pedir perdão a pessoa que u era mais nova e que tinha tantas
expectativas sobre mim. E ei, eu do futuro, eu vou conseguir parar
com essa mania besta de não deixar que se aproximem?
Aprendi tão bem a viver sozinha que não sei se consigo desconstruir
novamente os muros pra quebrar de novo, porque em todas as vezes eu
quebro.
Preciso manter em mente que em todas a pena valeu, mesmo que doída.
A minha promessa é que vou aproveitar a fase boa pra sentir e ser
tudo o que tenho vontade e potencial.
Porque se for pra deixar passar, que eu não esteja.
Mas eu estou.
E muito.
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